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segunda-feira, 1 de agosto de 2011

TEA PARTY E O QUE SE SEGUE



No último momento, como num filme de suspense, os políticos americanos chegaram a acordo sobre a questão do tecto da dívida.


Um acordo entre gente sem escrúpulos, entre políticos.


Por maiores tretas e justificações de circunstância que se possam inventar, infelizmente, a actividade política nos tempos que correm tem cada vez mais a ver com a ópera do malandro. Façam uma coisa ou optem pelo seu contrário, os políticos pensam antes de mais nos interesses da sua carreira, nas próximas eleições e por aí adiante.


O povo, os mais fracos, os interesses colectivos, tudo isso fica para o blá blá das eleições e do marketing. E o povo, ocupado com as tarefas da sobrevivência, deixa passar, o povo agradece.


O Obama assinou um acordo em que capitulou em toda a linha perante os republicanos do Tea Party, que é uma seita fundamentalista cristã neo-liberal capaz das piores infâmias em nome da sua fé de povo e raça branca cristã superior. A história e o futuro compararão esse bando de malfeitores com os esclavagistas do tempo da guerra civil, com os supremacistas terroristas brancos da estirpe do Timothy Mc Veigh ou do norueguês cujo nome me recuso a pronunciar.


Na minha opinião, esses praticantes de encontros de chá são terroristas filiados numa velha genealogia, que se tem reproduzido ao longo do tempo, Hitler, Mussolini, Bin Laden. Essa gente, que é suposto ser amante de chá, na realidade ama apenas os seus privilégios e odeia a humanidade, principalmente os pobres e aqueles cujas cor de pele ou maneira de vestir são diferentes. Pensam exclusivamente nos seus privilégios e entendem que os pobres o melhor que têm a fazer é tornarem-se ricos. Se não o conseguirem, they must die.


O Tea party venceu o Obama, obrigou-o a assinar um acordo que destrói todos os nobres objectivos que o presidente negro americano assumiu desde que se tornou President of the United States, título que lá por aquele lado do Atlântico é considerado como o supra-sumo da democracia e do sonho americanos.


Essa capitulação foi confirmada pelo New York Times, segundo o qual, para evitar o caos, Obama assinou “um acordo terrível”, que representa uma vitória total do Tea Party. É “uma capitulação total às pressões mais extremistas dos republicanos”, que destruirá “os programas para a classe média e os pobres e travará a retoma económica”.


Obama foi vencido. O Obama não é Abraham Lincoln, that’s a pity.


A questão é que tudo o que acontece nos USA, por enquanto, tem repercussões imediatas no resto do mundo.


Pensemos, então nas consequências globais da submissão do Obama aos fundamentalistas supremacistas neo-liberais cristãos brancos do Tea Party.


O mundo e o que resta da democracia caminham inexoravelmente para o caos, caos inevitável, ajustes de contas entre fundamentalistas de todas as tendências de um lado e de outro.


Ambiente de guerra, e as usual, não haverá vencedores, apenas vencidos e loucos à solta, muita desgraça e miséria. Estarei a exagerar na dramatização?


Infelizmente, não vejo razões para alimentar dúvidas razoáveis. O mundo é um lugar cada vez mais perigoso, em transição para o caos e o triunfo do irracional e das seitas emergentes.


Terminemos este dia preocupante com um pensamento muito preocupado para com os mártires da Síria e a indiferença das “democracias”.


Mundo global, caos anunciado, só más notícias.




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